2 de jun. de 2009

Convivência, intimidade, amizade e recordações

O título pode parecer de uma redação. Na verdade são palavras chaves do que eu acredito ser a resposta para entender como as pessoas entram, ficam ou passam pelas nossas vidas.

Sempre que convivemos muito com alguém podemos ou não ter intimidade com essa pessoa. E essa decisão de permitir que alguém se torne íntimo baseia-se nos mais variados conceitos. Confiança, afinidade, interesse, necessidade, carência, diversão.

Uma vez que você permite que determinada pessoa seja íntima, inconscientemente você deseja ser íntimo dela também. Bom, isso certamente ocorre em muitos casos. Entretanto, nem sempre o nível de intimidade que você cedeu à alguém será dado a você. Não é fácil perceber isso. E por esse motivo, muitas e muitas pessoas se magoam ao longo da vida. Às vezes o nível muda ao longo da vida dessas pessoas.

Quando conseguimos juntar convivência com intimidade podemos dizer que tal pessoa é nossa amiga pois partilha da nossa vida, das nossas alegrias e tristezas. Sem intimidade porém, temos apenas colegas, que nos fazem bem, de quem gostamos, mas que certamente ao mudarmos de emprego, escola ou cidade ficarão nas nossas lembranças mais remotas. Já sem a convivência, teremos amigos que habitarão algum tempo naquela lembrança saudosa que temos da nossa infância por exemplo. Mas em algum momento eles passarão a viver somente lá, pois aquilo que fazia dele um amigo, a convivências, as coisas em comuns , já não existirão mais. E as suas conversas quando acontecerem, serão sempre no passado.

Agora as recordações são muito importantes nas nossas vidas. Elas nos ensinam, nos aconchegam, nos dão força para seguir adiante, nos fazem rir ou chorar quando estamos sozinhos. Embora elas tenham alguns benefícios, podem tornar-se grandes vilãs. Podem nos prender num tempo que não existe mais e nos cegar para o que existe hoje na nossa vida.

O que eu aprendi pensando sobre isso? Se você tem um amigo que por algum motivo não pode mais conviver com ele, arrume uma maneira de se fazer presente na vida dele e vice-versa. (claro se isso fizer sentido para os dois lados, do contrário, não vá pedir esmola). Arrume tempo para ligar para ele, pra mandar um vídeo das suas férias, pra escrever um e-mail ou carta, para enviar uma reportagem que o fez lembrar dele e principalmente, pra contar daquele dia horrível ou daquela surpresa maravilhosa. Isso não detalhes que temos quando convivemos de verdade com alguém. Detalhes não ficam nas nossas recordações. Recordações são para coisas grandes, em momentos super bons ou difíceis, mas não são elas que mantêm a chama acesa. Convivência e intimidade são a lenha e o fogo para mantermos uma grande e valiosa amizade.

Quero finalizar dizendo que amizades podem não se perder no tempo e com a distância, desde que você faça algo a respeito desse nossos obstáculos.

Fazer amigos é difícil, mante-los dá bastante trabalho, mas não te-los é uma vida triste e vazia.

Fui.

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